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Oportunidades e desafios da indústria da moda em 2024

Com a chegada de um novo ano, as diversas oportunidades e os desafios da indústria da moda, que prometem moldar o futuro do setor, também batem à porta. Aceleração tecnológica, uma nova mentalidade social e até mesmo novos grupos de consumidores são algumas das questões que influenciarão diretamente o setor.

Quer saber quais são eles e como se adaptar, abrindo espaço para a inovação no seu negócio? Continue a leitura deste artigo!

Mudanças de comportamento do consumidor

As mudanças nos valores e no comportamento do consumidor vão impactar diretamente as estratégias das marcas de moda em 2024, pois os compradores estão cada vez mais interessados em experiências de compra significativas.

Conforme o relatório Oportunidades para indústria da moda 2024, produzido pela WGSN, “a indústria da moda tem a oportunidade de se reposicionar dentre as prioridades de gastos do consumidor através do investimento na criação de valor”.

A tendência nos próximos anos é que a motivação emocional no momento de realizar uma compra aumente. Ao mesmo tempo, com o retorno do crescimento do varejo físico, os consumidores devem buscar lojas que proporcionem experiências omnichannel, unindo o físico e o digital, e que apoiem essa nova jornada de compra.

Inclusão e diversidade

No quesito social, o destaque fica por conta da diversidade e da inclusão, duas questões que tornaram-se imperativos no universo da moda. 

Sendo assim, marcas que promovem a representação de diferentes corpos, etnias e identidades de gênero estão mais alinhadas com as expectativas dos consumidores. 

No entanto, é fundamental que essas iniciativas sejam autênticas, e não apenas estratégias de marketing com foco em conversão.

diversidade e inclusão
A diversidade e a inclusão devem ser valores da marca, e não uma estratégia de marketing.

Saúde mental e bem-estar

A conscientização sobre a importância da saúde mental e do bem-estar está crescendo. Marcas que adotam abordagens que promovem a positividade corporal e o equilíbrio emocional ganham a simpatia dos consumidores. 

Durante a Semana de Moda de Milão de 2023, a designer Karoline Vitto promoveu um desfile com apoio da Dolce & Gabbana que apresentou peças em modelagens 44, 46 e 50 — tamanhos de manequim que, aos poucos, estão sendo reconhecidos e representados entre as grandes e pequenas marcas.

diversidade de corpos nas passarelas
Aos poucos, a diversidade corporal vem ganhando notoriedade nas passarelas. Foto: Reprodução/Revista Elle

Inteligência Artificial

Uma das oportunidades mais relevantes dessa nova fase tecnológica que o mundo enfrenta, sem dúvidas, são as possibilidades advindas do uso de Inteligência Artificial. No mundo da moda, a IA está revolucionando diversas frentes.

Essa inovação pode ser utilizada desde a concepção de designs até a otimização da cadeia de suprimentos, passando pela personalização de recomendações aos consumidores. 

Neste caso, no entanto, o desafio é equilibrar a automação com a autenticidade e a criatividade humanas. 

Para potencializar as vantagens de ambas as abordagens, vale utilizar a IA para tarefas repetitivas e operacionais, como na hora analisar dados de consumo, tendências e preferências do cliente; enquanto nós, como pessoas, nos concentramos nos aspectos mais criativos do processo, da criação à aplicação.

Aprendizado de máquina

Além da Inteligência Artificial, o aprendizado de máquina desempenha um papel crucial na análise de grandes conjuntos de dados para prever tendências

A capacidade de antecipar demandas emergentes e adaptar-se rapidamente às mudanças nas preferências dos consumidores pode ser um diferencial competitivo extremamente significativo em 2024.

Tendências de produto e customização

De acordo com o relatório da WGSN, “olhar para as necessidades do consumidor nunca foi tão necessário para a criação de produtos, estratégias e serviços”.

Ao considerarmos que vivemos em um mundo pautado no excesso — não só de informações, mas também de tendências —, o desafio é saber identificar o que realmente vale a pena. Decisão essa que se dá por meio da compreensão do público-alvo, mas também de outros fatores, como pensamentos a longo prazo e mitigação de riscos para o seu negócio.

Não por acaso, outro aspecto para ficar de olho em 2024 é a personalização, pois ela continua a ser uma tendência relevante no setor da moda e facilita o processo de proximidade e compreensão a respeito do perfil do usuário. 

Aqui, existe a possibilidade de incorporar Inteligência Artificial para prever tendências e oferecer produtos personalizados. Os negócios que fizerem isso têm o potencial de se destacar.

A Nike, por exemplo, conta com uma função no e-commerce que possibilita aos clientes personalizarem os próprios tênis, optando por cores, materiais e até mesmo inserindo mensagens

tênis personalizados Nike
A Nike permite que os clientes personalizem pares de tênis. Foto: Reprodução/Nike.

Vale ressaltar, ainda, que a demanda por produtos exclusivos e adaptados ao gosto individual dos consumidores impulsiona a busca por tecnologias que facilitem a customização em massa. 

Os métodos de produção inovadores, como impressão 3D e técnicas de corte a laser, também estão transformando a maneira como as roupas são fabricadas. Essas tecnologias não apenas aceleram o processo, mas reduzem desperdícios e oferecem flexibilidade na criação de designs complexos.

impressão 3D
A técnica de impressão 3D está entre as tendências em evidência na indústria da moda.

Varejo físico e experiência do consumidor

Embora o e-commerce tenha ganhado destaque nos últimos anos, o varejo físico ainda desempenha um papel vital. Portanto, a integração de experiências online e offline é essencial para proporcionar uma jornada de compra holística. 

Em 2024, os desafios incluem criar ambientes inovadores, com tecnologias interativas e estratégias que cativem e encantem os consumidores.

Conforme a pesquisa da WGSN, “o varejo multicanal continuará no foco, com isso o papel do varejo físico não poderá mais ser linear — é preciso que ele sirva para o máximo de funções possível”.

Ao caminhar para um mundo sem fronteiras entre o físico e o virtual, “disponibilizar o máximo de funcionalidades em ambos os ambientes para atender a pluralidade do público que desenvolveu novos hábitos nos últimos anos” deve ser o foco. 

Apostar no desenvolvimento de comunidades locais (localism) e iniciativas de cocriação são outras formas de estabelecer uma relação mais recíproca com os consumidores, assim como moldar a chamada nova era do varejo.

compras digitais
Integrar o físico e o digital deve ser um dos desafios da moda em 2024.

Varejo sensorial

Conforme o report da WGSN, entre os formatos de loja nos quais os varejistas devem investir, destaca-se o “varejo sensorial”, que tem como foco os sentidos pouco explorados em alguns ambientes Para isso, devem ser criadas experiências fantásticas por meio da tecnologia.

A pesquisa aponta que 64% dos consumidores globais querem ver mais inovações tecnológicas no varejo. Porém, menos de 28% dos varejistas adotaram esses recursos até o momento.

A marca de calçados Melissa, por exemplo, é um grande exemplo da eficácia das estratégias sensoriais. Neste caso, ligado ao olfato, já que todos os calçados e acessórios comercializados pela empresa possuem um cheiro específico, facilmente reconhecido pelos consumidores.

Ao passo que a Lacoste apostou no branding sensorial por meio da audição. Assim, todas as lojas da marca possuem uma playlist de músicas padronizadas, fortalecendo a cultura organizacional do negócio e criando raízes na mente dos compradores.

E-commerce e experiência digital

Ao mesmo tempo, a expansão contínua do comércio eletrônico também requer abordagens criativas para se destacar em um ambiente virtual saturado. 

Buscar formas de fazer isso, seja por meio de inovações, como realidade aumentada ou virtual e outras tecnologias imersivas, ajuda a transformar a experiência online, oferecendo aos consumidores uma visão mais próxima da qualidade e do estilo dos produtos oferecidos.

Roupas da China no Brasil

Nos últimos anos, a importação de peças de fast fashion advindas da China ganhou força. Isso porque o país, muitas vezes, beneficia-se de custos mais baixos, incluindo mão de obra e matéria-prima, o que faz com que o valor final do produto se torne mais atrativo aos olhos do consumidor.

Isso cria uma competição desafiadora para a indústria da moda nacional em relação aos produtos chineses, que pode ter dificuldade em igualar os preços mais baixos, assim como oferecer a mesma quantidade e mix de produtos, além de garantir agilidade e facilidade na entrega.

Nesse sentido, como diferencial, caso queira se posicionar como relevante, as marcas brasileiras devem destacar práticas éticas como vantagem competitiva, entender a fundo o perfil do consumidor brasileiro, assim como oferecer produtos de qualidade, durabilidade e que atendam às expectativas dos clientes.

Além disso, investir em inovação e design exclusivo também pode ser uma estratégia eficaz para se destacar da concorrência estrangeira, na tentativa de incentivar a produção local e promover o “made in Brasil”, fortalecendo a economia em diversos níveis e proporcionando a criação de empregos.

etiqueta de produto fabricado no Brasil
Um dos desafios da indústria nacional da moda em 2024 é se destacar em relação à concorrência chinesa.

Economia circular

A transição para uma economia circular é tanto um desafio quanto uma oportunidade significativa para a indústria de confecção. A reutilização, reciclagem e upcycling de roupas tornam-se áreas críticas para reduzir o impacto ambiental. 

Empresas que incorporam esses modelos de negócios circulares podem ganhar vantagem competitiva.

Digitalização da Supply Chain

A digitalização completa da cadeia de suprimentos, com o uso de tecnologias como blockchain, pode aumentar a transparência e a rastreabilidade dos produtos da moda em 2024. 

Isso não apenas atende à demanda do consumidor por autenticidade, mas também ajuda a combater problemáticas como a falsificação. Ao registrar informações específicas sobre cada item em uma blockchain, é possível verificar a autenticidade de um produto ao longo de sua vida útil, o que é particularmente relevante para artigos de luxo e de alta qualidade.

Integração de tecnologias vestíveis

O advento de tecnologias vestíveis na moda, como roupas inteligentes, também abre novas possibilidades neste e nos próximos anos. 

Monitoramento de saúde, interação com dispositivos inteligentes e outras inovações podem transformar não apenas a estética das roupas, mas também a funcionalidade e a utilidade de cada peça.

Importância das oportunidades e dos desafios da indústria da moda

É fundamental para o lojista do ramo estar atento aos desafios e oportunidades que se apresentam em 2024, pois isso influencia diretamente a capacidade do negócio de se adaptar e prosperar em um ambiente em constante evolução.

Ao identificar as demandas emergentes, ele pode ajustar o inventário, as estratégias de marketing e oferecer uma experiência ao cliente que atenda às expectativas, aumentando, assim, a aceitação dos produtos comercializados.

Especialmente com a transição contínua entre o comércio físico e online, integrar operações de forma fluida em ambos os ambientes também ajuda a aumentar a probabilidade de atrair e reter clientes.

A manutenção da competitividade é outra razão vital para o lojista se manter atualizado sobre a indústria da moda. Aqueles que conseguem adotar rapidamente inovações tecnológicas e responder às demandas do consumidor, integrando práticas sustentáveis, têm uma vantagem significativa sobre a concorrência.

Apostar na responsabilidade social também se torna cada vez mais crucial, sendo um valor notado pelos consumidores.

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O Grupo, composto pelas empresas Adar, Artec e Texliving, atua em diferentes segmentos do mercado têxtil sendo hoje um dos maiores e mais completos do Brasil. Cada marca possui as características necessárias para atender cada mercado de forma personalizada. Juntos, o grupo oferece produtos de alta qualidade, importados e nacionais, que atendem tanto o mercado da moda, quanto o da decoração.

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